Sempre fui um apaixonado pela versatilidade da mão humana e do seu poder de construir uma infinidade de objetos que fazem parte da nossa rotina. Sem essas ferramentas maravilhosas guiadas por um cérebro único no reino animal, provavelmente não chegaríamos até aqui. E uma das tarefas manuais mais antigas que consigo me lembrar de ter executado, foi a tarefa de apontar um lápis. Não lembrarei minha idade quando fiz isso pela primeira vez, da mesma forma que não lembro se o lápis era para escrever, de grafite; ou fazia parte de um dos meus maravilhosos lápis coloridos da caixa de 24 cores. Sim, eu gostaria de compartilhar com vocês mais detalhes desse momento tão simbólico, mas a singularidade dessa experiência me obriga a exercitar uma das características mais ricas do que nos torna humanos: o poder da metáfora. Obviamente as lembranças desse momento já se transformaram em algo diferente, depois de passarem pelo meu córtex pré-frontal e serem convertidas em memórias de longo prazo em meu hipocampo. E esse processo de reconstruir as memórias e reinterpretá-las a partir de novos aprendizados e lembranças nos torna o que somos: humanos!
A maioria de vocês já sabia ou ficou sabendo após comprar as ferramentas da Corrupiola, que todas as peças vendidas na loja, sem exceção, são construídas aqui em minha oficina, com a ajuda dos mesmos dedos que agora digitam este texto. Mas, apesar de ser um processo apaixonante, não posso mais me dar ao luxo de transformá-lo em algo contemplativo. Sim, o propósito deste texto se transforma a cada linha, mas sua espinha dorsal constitui a razão de sua existência, ou seja, explicar a razão pela qual valorizo o trabalho manual e sua importância na história humana. Nossas mãos nos trouxeram até aqui e merecem atenção especial quando nos propomos a entrar em um mercado de produtos “feitos à mão”, no entanto precisamos entender que algumas tarefas devem ser aceleradas e aperfeiçoadas para conseguirmos atender ao máximo possível de clientes. Ou seja: para conseguir responder a uma quantidade cada vez maior de pessoas interessadas em conhecer nosso trabalho, não precisamos necessariamente abrir mão da qualidade e exclusividade de nossas criações manuais. Mas precisamos nos adaptar às novas tecnologias e saber o momento certo de automatizar algumas etapas, reservando nosso tempo e habilidade manual para aqueles momentos indispensáveis, onde sua assinatura tátil fará toda a diferença no produto final. Portanto, não, nunca utilizarei um apontador para afiar com maestria meu arsenal de lápis.
Produtos feitos à mão
Sempre fui um apaixonado pela versatilidade da mão humana e do seu poder de construir uma infinidade de objetos que fazem parte da nossa rotina. Sem essas ferramentas maravilhosas guiadas por um cérebro único no reino animal, provavelmente não chegaríamos até aqui. E uma das tarefas manuais mais antigas que consigo me lembrar de ter executado, foi a tarefa de apontar um lápis. Não lembrarei minha idade quando fiz isso pela primeira vez, da mesma forma que não lembro se o lápis era para escrever, de grafite; ou fazia parte de um dos meus maravilhosos lápis coloridos da caixa de 24 cores. Sim, eu gostaria de compartilhar com vocês mais detalhes desse momento tão simbólico, mas a singularidade dessa experiência me obriga a exercitar uma das características mais ricas do que nos torna humanos: o poder da metáfora. Obviamente as lembranças desse momento já se transformaram em algo diferente, depois de passarem pelo meu córtex pré-frontal e serem convertidas em memórias de longo prazo em meu hipocampo. E esse processo de reconstruir as memórias e reinterpretá-las a partir de novos aprendizados e lembranças nos torna o que somos: humanos!
A maioria de vocês já sabia ou ficou sabendo após comprar as ferramentas da Corrupiola, que todas as peças vendidas na loja, sem exceção, são construídas aqui em minha oficina, com a ajuda dos mesmos dedos que agora digitam este texto. Mas, apesar de ser um processo apaixonante, não posso mais me dar ao luxo de transformá-lo em algo contemplativo. Sim, o propósito deste texto se transforma a cada linha, mas sua espinha dorsal constitui a razão de sua existência, ou seja, explicar a razão pela qual valorizo o trabalho manual e sua importância na história humana. Nossas mãos nos trouxeram até aqui e merecem atenção especial quando nos propomos a entrar em um mercado de produtos “feitos à mão”, no entanto precisamos entender que algumas tarefas devem ser aceleradas e aperfeiçoadas para conseguirmos atender ao máximo possível de clientes. Ou seja: para conseguir responder a uma quantidade cada vez maior de pessoas interessadas em conhecer nosso trabalho, não precisamos necessariamente abrir mão da qualidade e exclusividade de nossas criações manuais. Mas precisamos nos adaptar às novas tecnologias e saber o momento certo de automatizar algumas etapas, reservando nosso tempo e habilidade manual para aqueles momentos indispensáveis, onde sua assinatura tátil fará toda a diferença no produto final. Portanto, não, nunca utilizarei um apontador para afiar com maestria meu arsenal de lápis.
6 respostas para “Produtos feitos à mão”
Helena Ribas
Parabéns pelo seu trabalho, belíssimo!
Na primeira oportunidade irei comprar o kit para o meu marido.