Querendo compartilhar sua solidão com alguém, a pequena corrupiola vai até o celeiro, onde seu velho prepara “secretamente” uma deliciosa torta de amoras silvestres. Rapidamente a pequena corrupiola percebe a artimanha do pai, mas finge vê-lo simplesmente de avental, batendo com força as ferraduras que irão vestir os pés da mesa onde sua coleção de rolhas está instalada. Como de costume, quando pai e filha corrupiola se encontram, os dois eriçam com maestria as penas (ou os pêlos, dependendo da velocidade de rotação da segunda lua de júpiter) do pescoço. O ritual dura não mais do que cinco segundos, tempo suficiente para o pai esconder a torta entre as ferragens, amarrar rapidamente o avental de chumbo e arrastar dois pares e meio de ferraduras para o centro da mesa. A pequena corrupiola fica triste, pois não é seu aniversário.
Ritual do eriçamento
Querendo compartilhar sua solidão com alguém, a pequena corrupiola vai até o celeiro, onde seu velho prepara “secretamente” uma deliciosa torta de amoras silvestres. Rapidamente a pequena corrupiola percebe a artimanha do pai, mas finge vê-lo simplesmente de avental, batendo com força as ferraduras que irão vestir os pés da mesa onde sua coleção de rolhas está instalada. Como de costume, quando pai e filha corrupiola se encontram, os dois eriçam com maestria as penas (ou os pêlos, dependendo da velocidade de rotação da segunda lua de júpiter) do pescoço. O ritual dura não mais do que cinco segundos, tempo suficiente para o pai esconder a torta entre as ferragens, amarrar rapidamente o avental de chumbo e arrastar dois pares e meio de ferraduras para o centro da mesa. A pequena corrupiola fica triste, pois não é seu aniversário.